15 janeiro 2007

Postais das Mós (LXI e LXII)

Continuação
"Podemos considerar que a esperança e a concretização do alargamento da "Zona Demarcada" ao Douro Superior, deu lugar ao lento mas progressivo crescimento da oferta de "jeiras" e que complementaram a oferta de empregos resultantes da construção e da conservação da via férrea. Todos eles contribuíram para um desenvolvimento social e económico nunca antes visto nas Mós. Como poderemos aferir no capítulo seguinte, este progresso provocou um acréscimo (ainda que irregular) da população residente. E porque subiram os seus rendimentos, com eles cresceu o consumo o que provocou o aumento do comércio local e de outras actividades ligadas a ofícios necessários ao funcionamento da comunidade, tais como: alfaiates, sapateiros, latoeiros, ferreiros, ferradores, carpinteiros, etc.
Naquele tempo, o oficio mais conceituado era o de barbeiro porque, numa grande parte dos casos de doenças, ele aparecia como substituto do médico. Este como quase todos os oficios atrás referidos, eram desempenhados por homens pertencentes às familias remediadas, que juntavam os respectivos proveitos aos adquiridos no comércio local ou no negócio baseado na criação e venda de gado, nomeadamente: bovino, muar e asinino. Regra geral, a economia doméstica destas familias era complementada com o cultivo das suas melhores terras."
continua
(José Gomes Quadrado)

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