10 dezembro 2006
Postais das Mós (LV e LVI)
(Continuação)
"Antes do oídio e sobretudo a filoxera terem dizimado as vinhas da Região Demarcada que então terminava no concelho de S. João da Pesqueira, chegaram à região actualmente abrangida pelo concelho de Foz Côa os avultados capitais e a grande capacidade de investimento do maior dos viticultores durienses. Refiro-me, concretamente, a António Bernardo Ferreira (tio e sogro da famosa D. Antónia, a “Ferreirinha”) que depois de adquirir os direitos sobre a Quinta das Figueiras aos condes da Lapa, em 1820, pôs ali a trabalhar continuamente várias centenas de operários que, só nos primeiros 13 anos, plantaram seiscentos mil bacelos! E a superfície cultivada foi sendo depois progressivamente alargada por iniciativa de D. Antónia, chegando a 1876 com uma “produção média avaliada em 300 pipas de vinho fino” (ou vinho do Porto), “30 a 40 de azeite e em 200 arrobas de amêndoa”. Sendo que: em anos anteriores, “chegou a produzir 600 pipas de vinho”(***). Depois, D. Antónia comprou ao município fozcoense terrenos baldios no “Monte Meão” a aí construiu a famosa “Quinta do Vale Meão”.
(Continua)
José Gomes Quadrado