16 dezembro 2006

Postais das Mós (LVII e LVIII)

(Continuação)
" Na esteira da familia Ferreira, vieram outros grandes proprietários locais e concelhios a transformar velhos sumagrais e terrenos improdutivos em ubérrimos olivais, amendoais e vinhas.
Antes da chegada da familia Ferreira, a nivel concelhio e local avultavam uma aristocracia rural e/ou os seus herdeiros, que sempre viveram agarrados a vínculos ancestrais e outras regalias, tendo como residência permanentes vistosas habitações nas sedes dos concelhos regionais, no Porto ou em Lisboa. Entre estes avultava o poderoso Desembargador José Ignácio Pais Pinto de Sousa e Vasconcelos (1767-1831), que além de grande proprietário nas Mós, era também dono de muitas propriedades em Murça e em Freixo de Numão, onde era o senhor da "Casa Grande". E estou a crer que foi também o senhor do Chalé das Mós. Depois deste apareceram referidas outras familias, com nomes "sonantes", tais como: Seixas, Xavier, Castro, Vasconcelos... Entre estes sobressaíu (algumas vezes pelas piores razões) o advogado freixiense Dr. António C. Pires de Vasconcelos, que ocupou lugares que lhe trouxeram nomeada e poder: foi chefe da maçonaria regional, deputado republicano, presidente da C.M. de Foz Côa, etc.. Deixou como principal herdeira nas Mós uma sua sobrinha casada com o Dr. João Pinto da Costa Leite (Lumbrales), que foi durante muitos anos "o braço direito" de Salazar.
(continua)
José Gomes Quadrado

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