19 março 2006
V Passeio Pedestre das Mós
O dia amanheceu cinzento, mal-humorado, como quem acorda duma noite mal dormida, mas isso não constituiu força bastante para contrapor à vontade participativa das três dezenas de almas gémeas que escolheram as Mós, num domingo de manhã, para exercitar o corpo e o espírito. Embora na Cruzinha se abrissem os guarda-chuvas para proteger da água-molha-tolos que nos acompanhou nos primeiros dez minutos a subida do Val do Coixo (primeiro teste à resistência dos mais fracos) bem cedo se percebeu que S. Pedro das Mós queria participar também na caminhada. E a sua presença foi sentida “calorosamente” quase todo o tempo do percurso… Quando, no lugar idílico da Quinta de Valmampaz, se pensou numa fotografia de grupo para a posteridade, ficavam já para trás registos de outros lugares também míticos, lugares de sonho e de minério, lugares de canseira e de suor, mas plenos de recordações. Lugares como: Barreira, Val de Quente, Poio, Caminho Velho de Freixo-de-Numão, Ribeiro de Valmampaz, Pena Fria e Curujeiras, fazem igualmente parte duma memória colectiva que é obrigatório não apagar. Pelo lado sul regressou-se a aldeia, e abriram-se os guarda-sóis. Era hora do almoço... Este ano, com o medo de que a chuva pudesse estragar o tempero do rancho, o repasto confeccionado (como sempre - e bem) pelo “Chefe Polido”, foi marcado para o salão da junta de freguesia. Trazer à lembrança, na data comemorativa do dia do pai, os locais de trabalho e os caminhos calcorreados pelos nossos antepassados, é querer celebrar o Homem universal, é homenagear um povo que, com o seu esforço, fez próspero cada palmo de terra cultivado. Tempo de contemplação para uns, tempo de nostalgia para outros, mas tempo de convívio e partilha para todos, o “Passeio Pedestre das Mós”- pela qualidade de informações adjacentes trazidas à memória - pertence já ao grupo de iniciativas merecedoras do nosso aplauso e do apreço de todos.
Aconselha-se uma visita com olhos de ver avaliando todas as suas potencialidades turísticas.
Não se há-de arrepender quem ali quiser investir.
Quanto à ordem cronológica das fotografias, tiradas por Carlos Pedro, está correcta, pese embora me parecer que a máquina não se encontrava com o relógio no horário correcto. mas deixe-me perguntar uma coisa, apenas viu as fotografias da página principal, ou viu a totalidade da galeria fotográfica. Quanto ao percurso, permita-me descrevê-lo: partimos da Sala de Visitas das Mós (O Terreiro) em direcção ao S. Amaro, na Cruzinha viramos pelo Vale-do-Coxo até à Barreira seguindo a meia-encosta até ao Poio e daqui para o Valemanpaz, de seguida até à Sede da Junta de Freguesia.
Pense no convite que lhe enderecei, não queira fazer parte dos poucos ou nenhuns que vão estar ausentes no convívio, onde inclusive, a organização está a envidar todos os esforços na organização de um autocarro de Lisboa até às Mós.
Se porventura reside em Lisboa, contacte um dos Mosenses que está no program do convívio.
É com grande orgulho que registo cada vez mais o interesse pelas Mós, e desigandamente a procura de notícias actuais, concerteza que tudo isto se deve à janela que a internete abriu ao mundo para divulgação das Mós. Peço que desculpe a minha imodéstia, mas a Associação de Cultura de Recreio "As Mós", também ten tido um papel relevante. Por isso para que esta prestimosa colectividade se torne ainda mais rica faça-se também sócia, deixando aqui o seu endereço que posteriormente lhe enviaremos uma proposta para inscrição, será a forma de se ligar ao seu passado.
Obrigado e até uma próxima oportunidade
a àgua fresca e pura.
Corre na fonte
e os lábios vem beijar.
Assim, as Mós,
para nós
é a ternura...
é sonho que perdura...
alegra e faz cantar.
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