04 abril 2011

Gente das Mós (5)

"A mulher é, para mim, um ente privilegiado, porque é justamente através da mulher que nós todos temos acesso à existência. Em segundo lugar, a mulher é o ser que mantém uma ligação permanente e mais continuada com o mundo natural e com o mundo sobrenatural. Creio que o chamado sexto sentido das mulheres não é, de forma alguma, uma figura retórica. As mulheres participam muito mais do grande mistério do cosmos, do grande mistério da vida dos homens. Dir-se-ia que, nós homens, esquecemos esse nosso papel de ligação às forças elementares e, como a própria palavra religião significa aquilo que nos religa à natureza e à divindade, eu creio que a mulher é, por excelência, o ser capaz de manter essa nossa ligação ou essa nossa religação ao essencial. E o essencial é tanto de natureza natural e humana, como divina" (…) 
David Mourão-Ferreira

Amélia Ferreira
Mós (Vila Nova de Foz Côa)
http://olhares.aeiou.pt/tia_amelia_ferreira_foto4512459.html

Comments:
Não que eu seja feminista ou que defenda que o homem ou a mulher, sejam mais "isto ou aquilo" em termos quantitativos ou qualitativos. Mas efetivamente, verificamos apetências mais desenvolvidas num do que nos outros.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades... É indiscutível que somos fruto de factores genéticos, culturais, sociais...
E eu vou confessar aqui uma coisa (que ninguém nos está a ouvir: eu só sei que nada sei!)
Parece que a tendência é não haver homens e mulheres. E algo está a acontecer na Natureza, que não tardará a falar-se apenas numa só espécie humana: "Mumen" (mulher+homem).
Ai meus amigos, quando a coisa aperta... há que dar a volta sim!
E porque será que agora há tantos gays?
Pois, pois! O mundo está a dar uma volta de 180º, e o "macho latino" que se ponha fino, porque isso do tempo em que só o homem tinha cérebro... já lá vai!
A mulher começa a mostrar a todos os níveis o que vale e tem dentro de si. E o homem começa a sentir-se indefeso e ameaçado.
O conceito de "homem das cavernas", já lá vai! E dos seres mais musculosos e mais ágeis e audazes, já foi!
A mulher é sempre mulher. Mesmo nas suas tendências sexuais e de sensualidade, é sempre ela mesmo. E cativa aos olhos vistos, como se comporta. Até as velhinhas hoje em dia, empiriquitam-se todas e não deixam de mostrar o seu bom gosto no vestir e na arte de seduzir.
E os homens?!... bom, a única coisa que fazem de diferente para sobressair, defender e impor-se...usam brinquinhos, pintam o cabelo, arranjam as unhas, depilam-se, etc... e mostram a sua virilidade nos atos sensuais públicos, a beijarem-se e a dar ao "rabiote a andar"...
Fantástico! como tudo isto acontece num momento em que (parece-me a mim) que está a haver uma volta de 180º nisto tudo.
Meus amigos, a crise não é só política, económica e religiosa não! É uma crise de valores, de princípios, de ideais e mutagénese.
Bom, falar na mulher e no seu encanto, é pois sempre um tema de agrado e merecedor.
Gosto de ser mulher. Orgulho-me da minha sensibilidade, da minha sensualidade, da minha afectividade, da minha maneira de ser e de estar... e até da minha fragilidade!
Não sou top-model!:). Mas sou top-mãe, top-amiga, top-companheira, top-profissional, top-humana, top-arrojada, top-audaz, top-sensível, top-atenta, top-afectuosa, top-...em tudo a que tenho direito nesta vida.
E fico muito triste, quando vejo qualquer mulher a ter posturas incorretas ou comportamentos menos dignos.
A mulher e as flores, são o símbolo da perfeição na Natureza. Que Deus criou para serem admiradas e respeitadas.
É bom, muito bom ser mulher. Mas é preciso saber sê-lo, e saberem-se respeitar...para serem merecedoras de tudo a que têm direito...
É só isto que eu tenho a dizer, depois de ler este lindo texto de David Mourão-Ferreira.

Beijo para as Mós e para todas as Mulheres do mundo!

Maria Cristina Quartas
 
Bravo Cristina.

Aproveito tão somente para relembrar duas mulheres que nos recebiam de braços abertos e um sorriso rasgado no rosto sempre que nos recebiam na Mós. A minha avó Maria, mulher rude e forte e a minha querida madrinha, a tia Ilda com um coração do tamanho do mundo. Sinto saudades, sinto...
 
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