07 junho 2010
Testamento de Santa Bárbara ... (Mário Anacleto)
Rezo no cabeço calvo para onde corres
Escorro meu suor nas encostas de vinhedos
quedam-se os meus dias nos socalcos pelo pão
nestas serranias, mãos em concha, em oração
que o rio há-de levar as saudades e os medos
É aqui que nascem temporais e mora o vento
É daqui que emerge o sol e se mira na levada
e daqui defendo as Mós em dias de trovoada
para que seja o castigo mais breve que lento
Silvestre como as flores velo sempre paciente
vivo só neste azedume do monte e sem manhas
aconchego o povo ao colo acre das montanhas
e choro as mesmas lágrimas secas desta gente
mantilha de pérolas ao fundo da ermida
a sangrar te abalas retalhando tua vida
Ai rio louco de sangue que aos pés me morresPor aqui andou e alinhou alguém os montes
fez a uns saltar escamas do xisto no cume
e aos outros o vinho em lágrimas com ciúme
ambos cobrindo o céu larguíssimos horizontesEscorro meu suor nas encostas de vinhedos
quedam-se os meus dias nos socalcos pelo pão
nestas serranias, mãos em concha, em oração
que o rio há-de levar as saudades e os medos
É aqui que nascem temporais e mora o vento
É daqui que emerge o sol e se mira na levada
e daqui defendo as Mós em dias de trovoada
para que seja o castigo mais breve que lento
Silvestre como as flores velo sempre paciente
vivo só neste azedume do monte e sem manhas
aconchego o povo ao colo acre das montanhas
e choro as mesmas lágrimas secas desta gente
Comments:
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"É aqui que nascem temporais e mora o vento
É daqui que emerge o sol e se mira na levada
e daqui defendo as Mós em dias de trovoada
para que seja o castigo mais breve que lento"
Maravilhoso!... Outro poema belo dedicado às Mós feito pelo Professor Mário Anacleto.
Realmente o professor não esconde o quanto ficou fascinado com a nossa aldeia!... e ainda bem!!
Um abraço para o poeta e mil beijinhos para todos os mosenses.
Até breve
Maria Cristina Quartas
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É daqui que emerge o sol e se mira na levada
e daqui defendo as Mós em dias de trovoada
para que seja o castigo mais breve que lento"
Maravilhoso!... Outro poema belo dedicado às Mós feito pelo Professor Mário Anacleto.
Realmente o professor não esconde o quanto ficou fascinado com a nossa aldeia!... e ainda bem!!
Um abraço para o poeta e mil beijinhos para todos os mosenses.
Até breve
Maria Cristina Quartas
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