06 fevereiro 2012

XIII Montaria ao Javali de Mós do Douro



Gualter Furtado
Açores, 06 de Fevereiro de 2012

Local: Mós do Douro – Encostas do Douro
Data: 4 de Fevereiro de 2012
Organização: Associação de Caçadores das Encostas do Douro
Matilhas: 16

Resultados: 16 Javalis cobrados

A Associação de Caçadores das Encostas do Douro em colaboração com a Junta de Freguesia e uma vasta equipe de amigos realizou no dia 4 de Fevereiro de 2012 a XIII Montaria ao Javali de Mós do Douro.

Esta Montaria é um ponto de encontro de caçadores de todo o País e amigos de Mós do Douro e faz parte do património humano e da cinegética nacional. É uma autêntica romaria para um dos locais mais típicos do País onde somos sempre bem recebidos pelos amigos Ricardo, Ramiro, Rui, Luís Polido, Presidente da Junta de Freguesia, etc. A caçada é um pretexto para matarmos saudade dos amigos, saborearmos a fabulosa gastronomia local e encantarmos a vista com a beleza extraordinária do Douro. Este ano fiz-me acompanhar do meu companheiro de sempre o Cremildo Marques (o Barbas) e do grande caçador Dr António Tomás (industrial da famosa fábrica Santana que ao longo dos anos vem produzindo azulejos e paneis que muito valorizam o património nacional, mandou fazer um azulejo comemorativo desta Montaria). O Cremildo com a sua boa disposição e papel de leiloeiro dos javalis cobrados tem constituído uma forte mais valia para a Organização já que os porcos leiloados pelo Barbas rendem sempre mais, o que dá muito jeito à Associação de Caçadores que organiza a Montaria. Á nossa parte arrematamos 2 porcos ( 1 pequeno e outro médio ) para ajudar a Organização, fazermos um almoço no dia seguinte de Javali magistralmente cozinhado pelo Luis Polido e sua Esposa, para oferecermos ao Sr que nos alojou no anexo das antigas instalações do caminho de ferro de Mós do Douro e ainda sobraram uns pedaços para serem cozinhados em futuros encontros de amigos caçadores.

O dia esteve magnifico depois de um frio de rachar pedras e os cerca de 116 Monteiros acompanhados por 16 Matilhas cobraram 16 Javalis. Com alguns bons exemplares como o que foi cobrado por um Monteiro sénior (julgo que o seu nome é Marinho) e que se não é medalha de ouro fica por lá próximo. A presença de Mulheres Monteiras enriquece sempre esta Montaria indo um destaque especial para a Andrea Catarina. Presença constante nesta Montaria é também o Engº das navalhas que este ano nos acompanhou na visita à casa do Sr Luis Polido e no desmanchar dos javalis. Ele mais o mais o amigo João Ramiro “fartaram-se de trabalhar “. Trabalho altamente apreciado e comentado pelo nosso Grupo.

A montaria foi precedida por um esclarecedor discurso do Director Pedro Delgado que em breves palavras apelou aos caçadores para cumprirem com as normas fixadas, terem muita segurança, espírito desportivo e ética. Depois da caça o almoço da praxe servido numa sala repleta de caçadores. Enquanto observava aqueles caçadores todos questionava-me qual seria o futuro da caça a breve prazo com todas as dificuldades económicas e financeiras porque passa o País, as exigências da nova Lei das Armas, etc, vejo um futuro muito negro para um sector que quando vivido com ética e segurança é muito enriquecedor.

No dia que se seguiu eu mais o Cremildo fomos lá na zona caçar aos tordos com os profissionais Ricardo, João Ramiro, Salgueiro e António Tomás. Segundo estes especialistas o ano está a ser fraco, a culpa é do tempo que está a mudar em todo o mundo, obrigando os tordos a alterar rotas e comportamentos, e também resultado da pressão a que estão sujeitos nos Países onde iniciam a Migração e por outras paragens onde vão passando antes de chegar a Portugal. Confesso que este tipo de caçada nunca me atraiu muito, já que caçada que não meta cães para mim é meia caçada, isto não significa que não tivesse apreciado muito a mestria e arte de caçar dos amigos nossos anfitriões. É impressionante como com um assobio eles trazem o tordo lá do alto quase até aos canos da espingarda. Não era bem meio dia e para desespero do amigo Tomás já estávamos a abalar para o magnifico almoço de javali acima referido. O Tomás bem pregava “estamos a ir-nos embora na melhor hora “ e o Salgueiro bem os derrubava, mas trocar aquele melrinho por um almoço de javali não foi uma decisão difícil, que me perdoo o amigo Tomás (um companheiro formidável). No fim do almoço ainda tivemos tempo para visitar a igreja de Mós do Douro (com um altar em talha de madeira muito bem trabalhada) e tomar um café no estabelecimento local (que o Cremildo gosta muito de visitar) que nos manteve bem acordados até Mação e depois até Lisboa de onde regressamos aos nossos Açores.

Até para o ano Mós do Douro e amigos romeiros desta caçaria, se a Troika nos deixar voltamos para o ano, se não até um dia qualquer.

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