02 outubro 2008
A Festa está viva… e recomenda-se. Viva a Festa!
Com o pendão reerguido no alto da árvore maior que faz sombra ao terreiro e com o sentimento fraterno de amor à terra, o povo das Mós exultou de alegria no último fim-de-semana do Verão de 2008, na Festa em honra de Nª Sr.ª da Soledade.
Ainda que o inicio das aulas lectivas condicionasse a vinda de algumas famílias, mesmo assim, foram três dias de animação aqueles que se viveram nas Mós no fim-de-semana do 3º domingo de Setembro. Animação bem precisa, por sinal, nos tempos que correm, contraposta aos dias sombrios com que o desequilíbrio demográfico ofusca as terras do interior.
“Qualquer festa nas Mós se arrisca a ter sucesso” disseram-me outro dia, como se fosse fácil o êxito de qualquer evento. Se é verdade que no povo das Mós existe uma predisposição para fazer festa, não é menos verdade que existe bravura nas suas gentes quando toca a trabalhar, e a Comissão da Festa 2008 (criteriosamente escolhida por alguém que tão bem conhece e ama a terra) é o exemplo vivo de uma organização bem-feita e esforçada cujo resultado lógico só poderia ser o êxito.
O excelente cartaz de espectáculos aliciou a população que se juntou em bom número, principalmente na noite de sábado e no domingo. O Terreiro ganhou cor. As ruas conquistaram gente. Portas e janelas há muito fechadas abriram-se nesse fim-de-semana e deixaram entrar de novo o sonho e a alegria.
Aos grupos Anaconda, 2ª Geração e Bailarte, coube a tarefa de animar, respectivamente, as noites de sexta-feira, sábado e domingo. O Grupo de Cavaquinhos da Nestlé com cantigas ao gosto popular preencheu a tarde de sábado, e o Grupo de Concertinas e Cantares ao Desafio do Vale do Cávado, à boa maneira minhota, embora em horário complicado, actuou no domingo antes da procissão em honra de Nª Sr.ª da Soledade.
Com o apreço próprio que a Mãe merece, em procissão com outros venerados santos pelas ruas da freguesia, Nossa Senhora, foi levada aos ombros a passear pelos mosenses num gesto de agradecimento e de fé. A segunda parte da procissão ao Santo António tomou contornos exacerbados de divertimento, motivados, talvez, pela vontade daqueles que tendo necessidade de se ausentar mais cedo, e sabendo que não iriam estar na volta ao povo, encontraram assim forma de se despedirem em festa, da própria Festa.
Com a afinidade alcançada ao longo de anos, a Banda Musical 81 de Ferreirim voltou às Mós depois de dois anos de ausência, deliciou os presentes nas apresentações que fez e tomou lugar nas festividades religiosas de sábado e domingo. Na despedida, mesmo com os elementos mais novos, a banda ainda teve forças para a Tradicional Volta ao Povo, animadíssima, como sempre, onde a chuva este ano também se quis juntar.
A ordem e a boa disposição foram uma constante na festa, a venda das senhas para o Bar teve honras de gente nova na terra e o bufete apresentou deliciosamente umas bifanas em boa dose.
No seguimento do sucesso da do ano anterior, a quermesse deste ano contava com mais de 2800 prémios e, nos três dias de festa, deu loiça… loiça até fartar!
Necessária para alguns como se de um tónico se tratasse; sentida por outros como se fosse a última oportunidade de gozo; admirada por muitos como modelo a imitar; presenciada virginalmente pelos atraídos por ela porque dela ouviram falar bem; mas vivida por todos os mosenses com o sentimento fraterno de amor à terra, a Festa aí está, viva… e recomenda-se.
- Viva a Festa!
Comments:
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João, veja a foto 54 do 2º album do Carlos Pedro. O "jeitoso" que aparece de máquina fotográfica é o Castro que tirou as fotos. Não pertence ás Mós mas ficou encantado com o que viu.
Castro
Castro
Quando vi a penúltima foto, dei comigo a pensar!
Que grande equipa e tão jovem.
Enquanto houver gente como esta jamais a festa morrerá.
Viva a festa!!!!
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Que grande equipa e tão jovem.
Enquanto houver gente como esta jamais a festa morrerá.
Viva a festa!!!!
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